Viagens e Aventuras

Mochilão Bolívia 2011 – Santa Cruz de La Sierra e Sucre

Esse ano eu estive novamente na Bolívia, já tinha ido anteriormente lá em 2009. Desta vez fui com o intuito de fazer mais algumas escaladas – o que não deu muito certo – e conhecer alguns outros pontos do país, bem como apresentar a Bolívia para a Elque Silva, minha sócia aqui no TB.

Nossa entrada aconteceu por Santa Cruz de la Sierra, uma cidade de economia forte, onde se concentram muitas empresas estrangeiras que atuam no país. Chegamos por avião ao aeroporto internacional de Viru-Viru. Em geral a rota da maioria dos mochileiros é através da cidade brasileira de Corumbá e depois por Puerto Quijarro, para pegar o famoso trem da morte, contudo esse trajeto seria complicado para nós por causa do tempo gasto no deslocamento – coisa que não podíamos nos dar ao luxo de desperdiçar.

Chegamos de madrugada em um voo que saiu de São Paulo até Santa Cruz. Passamos pela imigração e pelas revistas e ficamos aguardando no aeroporto até amanhecer. Quando isso aconteceu deixamos as malas num locker que existe no piso inferior do aeroporto e pegamos um taxi para irmos até o centro visitar um pouco a cidade. O aeroporto fica bem longe e os preços dos taxis na Bolívia são baixos, então é mais do que válido fazer o trajeto assim. Gastamos uns 29 bolivianos de taxi, algo como 8 reais.

Dormindo no aeroporto de Santa Cruz de La Sierra

Dormindo no aeroporto de Santa Cruz de La Sierra

Chegamos no centro da cidade na Plaza 24 de Septiembre onde fica a catedral de Santa Cruz de la Sierra. Aproveitamos que ainda estava frio e que o expediente de trabalho começa mais tarde na Bolívia e demos uma volta pelas ruas vazias da cidade. Fazia bastante frio e ameaçava cair uma chuva – o que felizmente não aconteceu. Santa Cruz tem um centro organizado e dois terminais de transportes, o antigo (que era conhecido por nós como Bimodal, eles chamam de ex-terminal) e o novo. Antigamente o trem da morte parava no terminal Bimodal (ex-terminal), acredito que isso não tenha mudado, mas é sempre bom se informar!!

Plaza 24 de Septiembre Santa Cruz de la Sierra

Plaza 24 de Septiembre Santa Cruz de la Sierra

Depois de algumas fotos, e da Elque se aventurar tomando café no meio da rua em uma carrocinha, retornamos para o aeroporto para pegarmos nossas mochilas, comprar as passagens de avião para Sucre (uns 50 dólares mais ou menos por meia hora de voo) e fazermos o check in. Muita gente se pergunta se não seria melhor ir de ônibus até Sucre e economizar um bom dinheiro (a passagem de ônibus custa uns 40 bolivianos mais ou menos). O problema é que essa viagem leva 16 horas em uma das piores estradas onde eu já pisei. São 16 horas em um ônibus sem banheiro, fazendo uma parada somente, por estradas de terra na beira de abismos e com o ônibus lotado… Nada agradável, abaixo tem uma foto do nosso ônibus de 2009 entre Sta. Cruz e Sucre.

Ônibus entre Sta. Cruz de la Sierra e Sucre

Ônibus entre Sta. Cruz de la Sierra e Sucre, se puder pegue um avião!!

Depois de aprender a lição em 2009 esse ano resolvemos optar pelo avião da Aerosur, nenhum serviço excepcional mas só de pensar que em 30 minutos estaríamos em Sucre já compensava o dinheiro gasto na passagem.

Avião da Aerosur que pegamos até Sucre

Avião da Aerosur que pegamos até Sucre

Aeroporto de Sucre, até o meu quarto é maior!!!

Aeroporto de Sucre, até o meu quarto é maior!!!

Em Sucre pegamos um taxi no aeroporto por cerca de 30 bolivianos (para valores em reais basta dividir por 4) e fomos ao centro da cidade, bem em frente ao Mercado Central de Sucre e nos hospedamos no Hostal Charcas, na calle Ravello 62, bem localizado, com bastante comércio ao redor e com muitos ônibus que nos levariam até o terminal de ônibus para pegarmos o ônibus até a próxima cidade, Potosi.

Sucre tem o centro da cidade bem organizado e com muitas lojas, vale e pena dar uma volta na cidade, aliás Sucre é a capital da Bolívia e não La Paz. A administração do país fica em Sucre, mesmo com o Presidente morando em La Paz. Sucre tem bancos de sobra para câmbio, bons hostels e alguns restaurantes sem muitas frescuras. Comemos uma pizza feita na hora em uma pizzaria na calle Ravello mesmo, pouco acima do mercado central – vale a pena.

Almoço no mercado Central de Sucre

Tem que ter estômago de aço pra encarar o almoço no mercado central de Sucre

Almoço em Sucre, pizzaria na calle Ravelo

Almoço em Sucre, pizzaria na calle Ravelo pouco acima do #62 - encarar o mercado Central era dureza demais! Atrás dos óculos no saco verde são folhas de coca.

Outra dica, perguntem sempre se tem chuveiro quente no hostel. Não é nada bom pegar um quarto com chuveiro frio… Isso vale para qualquer cidade na Bolívia. Depois de um passeio na cidade voltamos para o hostel e arrumamos as coisas para sair de manhã para Potosi, a próxima cidade no nosso caminho até Uyuni e o salar.

Centro de Sucre

Sucre tem belos prédios de arquitetura antiga, vale a pena o passeio!

Sucre tem um parque arqueológico que eu nunca visitei, lá é possível ver pegadas de dinossauros e afins, mas por ser um pouco mais afastado da cidade é uma boa dica para quem tem mais tempo no roteiro. Outra opção para quem tem mais tempo é ir até a Recoleta, um mirante de onde é possível ver a cidade por cima. Deixamos os passeios mais longos para uma próxima visita.

Acordamos e fomos para a rua tomar café, desta vez optamos por ir ao mercado central e comer alguma coisa por lá mesmo. Diferentemente da seção de almoço, a parte de café da manhã do mercado central de Sucre é mais fácil de encarar. Comemos um pão com queijo (os pães redondos são mais macios) e bebemos um café e um chocolate quente – aliás o cafezinho daqui é bem maior que o normal aqui no Brasil.

Café da manhã em Sucre

Café da manhã em Sucre no Mercado Central, todo o pessoal do cafezinho aqui já morou em Itu (SP)

Saímos do mercado central, pegamos as mochilas no hostel e fomos para a rua. Pegamos o micro-ônibus número 3 para o terminal de ônibus de onde partiríamos para Potosi, uma viagem de 3 horas em um ônibus mais confortável e inteiro que a média e que percorre um caminho com belas paisagens. Esse é o capítulo do próximo texto. Até lá.

Estrada entre Sucre e Potosi, uma das melhores da Bolívia

Estrada entre Sucre e Potosi, uma das melhores da Bolívia e melhor que muitas do Brasil!

Fiquem com um vídeo mostrando alguns flashs deste pedaço da viagem…

Trekker, montanhista, mochileiro e ciclista. Pratica esportes outdoor desde 1990. Apaixonado por equipamentos, fotografia, viagens, ciclismo, cerveja e tecnologia.

7 Comentários

  1. Legal! tenho péssimas lembranças de Santa Cruz, um cara se fazendo de policial tentou me roubar nessa cidade. Tenso!!!

  2. Muito legal o relato Mario.

    Bateu uma saudade dessa região, pra gente que curte uma boa aventura, a Bolívia é uma lugar perfeito.
    Pretendo voltar para esse belo país para subir o Uaina potosí.

    Parabéns pela trip!

    Abraço

  3. Encarava aquele rango do Mercado Fácil…rsrssr

  4. Mário,

    Estou planejando ir a Bolívia pelo trem da morte e ir até o Uiuny, estou na dúvida se já compro a passagem de Santa Cruz para Sucre aqui do Brasil.. hoje está o mais barato R$250,00.. e vc informou o valor de USD50,00. Como são poucos voos será que vale arriscar a comprar lá?

    Grata

    1. Nós compramos lá mesmo Thais, no mesmo dia, só um pouco mais cedo – até por que decidimos voar para Sucre quando chegamos, até então estávamos entre o bus e o avião… No caso de você optar pelo bus – que eu não recomendo por causa da duração e desconforto da viagem – você também consegue comprar na hora a passagem. Na época gastamos 50 dólares mesmo, em um voo de 30 minutos pela BOA. Bem vinda ao TrekkingBrasil.com.

  5. Oi.. Achei otimo seu blog..
    farei um mochilao em outubro.. iniciando por peru… os ultimos lugares seriam Uyuni Potosi e Sucre.. mas estou pesquisando se vale a pena conhecer essas duas ultimas.. ou entao voltar de Uyuni para La Paz e retornar ao Brasil..

    O que vc acha??

    1. Vale o passeio sim, eu passei bem rápido pelas duas, mas o centro de Sucre é bonito vale uma caminhada! E em Potosi tem o tour das minas – recomendado para quem não tem nada de frescura e tem disposição pra encarar um dia lá embaixo! Abs e boa trip!

Deixe um comentário para Pablo Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *